quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Bardo Solitario

Passo de chão em chão
De multidão a multidão
Mais em um milhão és a única que sorri
Aproximo-me sem pretensão
Pego o bandolim e começo uma canção
Não tira os olhos de mim enquanto os outros me ignoram
Sua calmaria, seu doce curvar, o tom de seus lábios.
Fazem-me lembrar de minha utopia.
Ah que alegria, sua companhia me fortalece a alma.
Troco a nota e sem rota me perco ao saber.
Não ouves nada do que falo.
Nem sequer conhece o som de meu instrumento.
Que tormento:
Não ouve nem um lamento, nem os gritos do vento
Caio sentado em risadas.
Beijo sua mão e agradeço com um amor de toneladas
Levanto, pego meu bom amigo.
E com os dedos nas cordas
Recomeço minha caminhada
Tocando uma musica para mais ninguém
Parto solitário, novamente em busca de alguém.

Edson Bortolotte.

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